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Perguntas Frequentes

O que é o Projeto EI-3?

O que é uma Família Acolhedora?

Uma família acolhedora é uma família que se voluntaria para acolher temporariamente crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias de origem por determinação judicial, devido a situações de violência, negligência ou abandono. A família acolhedora oferece um ambiente seguro, afetuoso e estável para essas crianças e adolescentes enquanto eles aguardam o retorno à família de origem ou a definição de outra alternativa de cuidado.

Como faço para me tornar uma Família Acolhedora?

O processo envolve a participação em um curso de preparação, avaliação do perfil da família, entrevistas individuais e familiares, visitas domiciliares e verificação de antecedentes criminais. É necessário completar o cadastro em nosso site para que a equipe entre em contato, agendando as primeiras etapas do processo.

Quais são os requisitos para ser uma Família Acolhedora?

Os requisitos são: ter idade acima de 25 anos, ter condições adequadas de moradia, não ter interesse de adotar, não possuir antecedentes criminais, ter boas condições de saúde física e mental, residir no município de São Paulo-SP, ter disponibilidade de afeto e tempo para cuidar de bebês de 0 a 2 anos e todos os membros de família candidata precisam concordar. Podem se candidatar: pessoa singular com rede de apoio, casais e famílias, seja qual for a configuração familiar.

Quais são as responsabilidades de uma Família Acolhedora?

As responsabilidades de uma Família Acolhedora incluem fornecer cuidados básicos, como alimentação, moradia, vestuário e cuidados de saúde, além de oferecer apoio emocional, educacional e social às crianças acolhidas. Também é importante promover o desenvolvimento saudável, respeitar a identidade e a história da criança e garantir-lhe um ambiente seguro e protegido.

Como é feito o processo de seleção das Famílias Acolhedoras?

O processo de seleção das Famílias Acolhedoras envolve uma série de etapas, como análise dos requisitos e documentação, participação em cursos de preparação, entrevistas individuais e familiares, visitas domiciliares e avaliações psicossociais. O objetivo é verificar a aptidão e o comprometimento da família em oferecer um ambiente seguro e acolhedor para a criança. O processo visa garantir que as famílias selecionadas atendam aos critérios estabelecidos e estejam preparadas para assumir essa responsabilidade.

As Famílias Acolhedoras recebem algum tipo de apoio financeiro?

As Famílias Acolhedoras recebem um auxílio financeiro no valor de um salário mínimo para cobrir as despesas básicas relacionadas ao acolhimento da criança. O objetivo é garantir que as famílias acolhedoras tenham condições de oferecer um ambiente adequado e suprir as necessidades básicas dos acolhidos. Contudo, é necessário que  a família possua uma renda própria, além do auxílio que venham a receber. Este valor é pago mensalmente, durante o período em que a família estiver acolhendo.

Como é feito o acompanhamento das Famílias Acolhedoras?

O acompanhamento das Famílias Acolhedoras é realizado por profissionais do Serviço Social e da Psicologia. Esses profissionais realizam visitas periódicas às famílias, oferecem suporte emocional, orientações e formação às famílias acolhedoras. Além disso, eles monitoram o desenvolvimento das crianças acolhidas, garantem que seus Direitos sejam respeitados e auxiliam na mediação com a família de origem, sempre que necessário.

Quem são as crianças acolhidas?

As crianças acolhidas pelo Programa Família Acolhedora são aquelas que foram temporariamente afastados de suas famílias de origem por decisão judicial, devido a situações de violência, negligência ou abandono. Cada caso é único, e o perfil das crianças acolhidas pode variar de acordo com as necessidades específicas de cada situação. Variam também em idade, gênero, origem étnica e histórico familiar.

Visto que o Programa está vinculado ao Projeto EI-3, estamos realizando o acolhimento de bebês e crianças de 0 a 2 anos de idade, enquanto outros Serviços de Família Acolhedora podem acolher crianças e adolescentes de 0 a 17 anos.

Quantas crianças uma Família Acolhedora pode acolher?

As Famílias Acolhedoras podem acolher apenas uma criança por vez, com exceção de grupo de irmãos, que devem ser preferencialmente acolhidos na mesma residência. Após o término do acolhimento, caso a família tenha interesse em continuar vinculada ao Programa, ela poderá realizar novos acolhimentos.

Qual é o tempo de duração do acolhimento?

O tempo de duração do acolhimento pode variar de acordo com a situação de cada criança. O objetivo principal é promover a reintegração familiar sempre que possível, no entanto, em alguns casos, quando a reintegração não é possível, o acolhimento pode se estender até que seja encontrada uma solução permanente, como a adoção.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que o acolhimento não ultrapasse 18 meses, porém, a média de tempo dos acolhimentos de bebês no Brasil costuma ser entre 7 e 8 meses.

O acolhimento ocorre aos finais de semana ou todos os dias?

As famílias acolhedoras estão disponíveis para acolher crianças todos os dias da semana, oferecendo um ambiente de cuidado contínuo e estável. Isso é especialmente relevante para crianças pequenas, que necessitam de um ambiente seguro e afetivo em tempo integral para que possam se desenvolver em sua total potencialidade.

A Família Acolhedora pode escolher a criança que vai acolher?

A escolha específica da criança que será acolhida pela Família Acolhedora não é feita diretamente pela Família Acolhedora. A criança entra em medida de proteção judicial, expedida por um juiz da Vara da Infância e Juventude. Passa-se a buscar uma vaga em acolhimento familiar para esta criança. O objetivo é garantir que ela seja acolhida em um ambiente que atenda às suas necessidades emocionais, físicas e sociais.

No entanto, é importante ressaltar que as Famílias Acolhedoras, por meio da composição de um perfil de acolhimento, podem expressar suas preferências em termos de idade, gênero e outras características que considerem relevantes para sua capacidade de cuidar adequadamente da criança acolhida. O foco principal do processo de seleção e colocação é garantir o melhor interesse da criança acolhida, buscando um ambiente seguro, afetivo e adequado às suas necessidades específicas.

A Família Acolhedora pode adotar a criança acolhida?

Não, a Família Acolhedora exerce uma função de passagem temporária para a criança acolhida. A equipe do Programa Família Acolhedora trabalha sempre visando a reintegração desta criança à sua família de origem e, na sua impossibilidade, no encaminhamento para uma família por adoção cadastrada no Sistema Nacional de Adoção (SNA).

Além disso, é necessário respeitar o processo legal e garantir que todas as partes envolvidas, incluindo a família de origem da criança, sejam ouvidas e seus direitos sejam considerados. O objetivo principal é sempre buscar o melhor interesse da criança e garantir sua segurança, estabilidade e bem-estar a longo prazo.

Quais são as possibilidades de vínculo entre a Família Acolhedora e a família de origem da criança?

O programa Família Acolhedora busca promover um ambiente de colaboração e respeito no cuidado com a criança acolhida. Inicialmente, a família acolhedora e a família de origem da criança não possuem contato entre si. Dependendo da situação e do processo de desacolhimento, podem ser estabelecidos diferentes tipos de vínculos entre as famílias, como visitas supervisionadas, encontros familiares mediados e até mesmo a participação conjunta em atividades relacionadas ao bem-estar da criança. O objetivo é que, quando possível, seja promovida a  convivência saudável entre as famílias.

Como é feito o processo de desligamento do acolhimento?

O processo de desligamento do acolhimento pode variar de acordo com a situação de cada criança e as decisões tomadas pelo sistema judicial. Em geral, o desligamento ocorre quando é considerado seguro e adequado para a criança retornar à família de origem, família extensa ou ser adotada. Esse processo é acompanhado pelos profissionais responsáveis pelo Programa, e a transição é realizada com cuidado e suporte para garantir o bem-estar da criança.

O que acontece após o desligamento do acolhimento familiar?

No desligamento, a criança pode ser reintegrada à família de origem, à família extensa ou ser encaminhada para uma família por adoção. A equipe do Programa trabalha para encontrar a melhor solução de acordo com o interesse e o bem-estar da criança, garantindo o acompanhamento e suporte contínuos durante essa transição e o acompanhamento da criança e da família durante os seis meses seguintes ao desacolhimento.

Há alguma forma de apoio psicossocial para as Famílias Acolhedoras?

Sim, é oferecido apoio psicossocial às Famílias Acolhedoras. Isso pode incluir acompanhamento psicológico, grupos de apoio, formações específicas e orientações para lidar com os desafios emocionais e práticos que podem surgir durante o acolhimento. O objetivo é fornecer suporte adequado e fortalecer as Famílias Acolhedoras, auxiliando-as a desenvolver habilidades e recursos para cuidar da criança acolhida de forma saudável.

E se eu me apegar à criança?

É natural e esperado que a Família Acolhedora desenvolva um vínculo afetivo com a criança que está acolhendo. O acolhimento familiar envolve a oferta de um ambiente amoroso e seguro para a criança ou adolescente, e é esperado que se estabeleça uma relação de afeto e cuidado durante o período de convivência, afim de propociar um ambiente facilitador para o seu desenvolvimento neuropsicossocial.

No entanto, é importante ter em mente que o objetivo principal do acolhimento familiar não é a adoção, mas sim proporcionar um ambiente temporário de proteção e cuidado para a criança enquanto se trabalha no sentido de uma possível reintegração familiar ou busca-se outra solução de cuidado permanente.

O trabalho dos profissionais envolvidos é oferecer apoio emocional e orientação à Família Aacolhedora durante esse processo, ajudando-os a compreender e lidar com os sentimentos de apego, bem como a se preparar para possíveis desfechos, como a reintegração familiar ou a adoção.

É importante que a Família Acolhedora mantenha uma comunicação aberta com os profissionais responsáveis pelo Programa de Acolhimento, compartilhando seus sentimentos e buscando o suporte necessário para enfrentar as possíveis transições que irão ocorrer no decorrer do processo. O objetivo é sempre garantir o bem-estar da criança e tomar decisões que estejam de acordo com seu melhor interesse.

Quais são os benefícios de se tornar uma Família Acolhedora?

Ser uma Família Acolhedora traz benefícios tanto para a Família Acolhedora quanto para a criança acolhida. Esses benefícios incluem a oportunidade de fazer a diferença na vida de uma criança, oferecer um ambiente seguro e amoroso, contribuir para a reintegração familiar ou adoção, aprender e crescer como família, desenvolver empatia e compreensão, além de receber apoio e capacitação por parte dos órgãos responsáveis.

Ao se tornar uma Família Acolhedora, você tem a oportunidade de promover um impacto positivo e significativo na vida de uma criança em situação de vulnerabilidade. Você pode oferecer a eles um ambiente seguro, amoroso e estável, proporcionando-lhes um lar temporário acolhedor.

O acolhimento familiar é uma medida temporária que visa promover a reintegração da criança à sua família de origem sempre que possível. Ao acolher uma criança, você pode desempenhar um papel fundamental no apoio à família da criança em sua jornada de superação de desafios que levaram ao acolhimento, trabalhando em prol de uma possível reunificação.

Ser uma Família Acolhedora também oferece a oportunidade de aprender e crescer como família. As famílias aprendem a desenvolver habilidades de cuidado e resiliência, aprimorar suas habilidades de comunicação e empatia e fortalecer os laços familiares por meio da experiência de acolhimento.

Você terá a chance de adquirir conhecimentos sobre trauma, desenvolvimento infantil, questões legais e outras áreas relacionadas a partir do suporte que a equipe do Programa oferece. Isso pode incluir formação, suporte emocional, orientação legal e assistência prática para ajudá-los a enfrentar os desafios do acolhimento.

Além disso, o acolhimento familiar permite que a criança alcance seu potencial desenvolvimento neuropsicossocial. Por fim, o acolhimento pode ser uma experiência enriquecedora e transformadora para todos os envolvidos.

Ser acolhido por uma Família Acolhedora é bom para a criança? Que vantagens tem?

A criança acolhida é exposta a um ambiente familiar consistente, amoroso e seguro, o que é fundamental para o desenvolvimento saudável. Um ambiente familiar estável proporciona uma base segura para a criança explorar, aprender e se desenvolver emocionalmente.

A Família Acolhedora tem a oportunidade de estabelecer uma relação de apego seguro com a criança acolhida. Relações de apego saudáveis fornecem um senso de segurança, confiança e apoio emocional, que são fundamentais para o desenvolvimento neuropsicossocial saudável. Uma Família Acolhedora pode fornecer à criança uma estimulação adequada e interação social enriquecedora. Isso inclui oportunidades para brincadeiras, aprendizado, conversas e atividades que promovem o desenvolvimento cognitivo, motor, linguístico, emocional e social da criança.

Ao conviver com uma Família Acolhedora, a criança pode observar e aprender comportamentos saudáveis e habilidades de resolução de problemas. A Família Acolhedora pode ser um exemplo positivo de relacionamentos saudáveis, comunicação efetiva, gestão emocional e outros aspectos importantes para o desenvolvimento. A presença de uma Família Acolhedora oferece à criança acolhida um suporte emocional e afetivo contínuo. Isso é essencial para o desenvolvimento de uma autoestima saudável, habilidades de regulação emocional e um senso de pertencimento.

O acolhimento familiar também pode garantir a continuidade da educação da criança e dos cuidados de saúde. Isso inclui garantir que a criança tenha acesso à escola, apoio educacional adequado e cuidados de saúde necessários para seu desenvolvimento físico e mental. Também oferece à criança acolhida a oportunidade de se integrar à comunidade e estabelecer conexões sociais saudáveis. A participação em atividades comunitárias, eventos familiares e interações com outras crianças e adultos pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais. Essas vantagens do acolhimento familiar podem ter impacto positivo no desenvolvimento neuropsicossocial da criança acolhida, fornecendo-lhe uma base sólida para crescer, se desenvolver e alcançar seu potencial máximo.

O que é o Projeto EI-3?

O Programa Família Acolhedora da Associação Beneficente Santa Fé está vinculado à Pesquisa EI-3: Impactos de Intervenções Sobre a Institucionalização Precoce, desenvolvida pela equipe do BEIP (Bucharest Early Intervention Project) em parceria com o Instituto PENSI. A pesquisa do BEIP, realizada na Romênia desde os anos 2000, evidenciou que as crianças que estavam em acolhimento institucional perderam 4 meses do seu desenvolvimento global a cada 1 ano que passam acolhidas.

O objetivo do EI-3 Project no Brasil é avaliar os impactos do acolhimento familiar e do acolhimento institucional sobre o desenvolvimento de crianças na primeiríssima infância (0 - 3 anos). Dessa forma, a pesquisa irá comparar o desenvolvimento neurológico, psicológico, comportamental e físico entre as crianças que estão em acolhimento institucional e familiar, com a hipótese de que as crianças acolhidas em Família Acolhedora terão o desenvolvimento igual ao de uma criança que nunca foi acolhida. 

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